A disputa pela atenção e pelo ‘amor’ dos consumidores está acirrada. Muitas empresas ‘brigam’ por clientes, apelando para estratégias desesperadas, como redução de preços, posicionamentos ideológicos ou até mesmo fatores emocionais.
No entanto, o que muitas empresas não percebem é que o sucesso e os resultados estão ligados a fatores subjetivos, frequentemente negligenciados. Esses fatores abrangem diversas áreas, com destaque para a gestão do capital humano, mas é ao concentrar-se na cultura da marca que os resultados começam a surgir.
O que é Cultura de Marca?
“O quanto as pessoas acreditam em uma organização e seus preceitos básicos afeta e muito o sucesso.” Thomas Watson Jr., Presidente e CEO da IBM (1952-1971).
Esta citação demonstra perfeitamente o quanto as marcas são beneficiadas quando sua cultura está definida e alinhada ao propósito, à missão e à forma de agir tanto interna quanto externamente.
Então, dentro das estratégias em um branding estruturado, a Cultura de Marca é a materialização do “jeito de ser” das organizações. E não estou falando de procedimentos, processos e normas; estou falando de comportamentos e experiência.
Porque a cultura de marca está ligada à forma como os colaboradores compartilham suas experiências e como se comportam fora da empresa no que diz respeito à marca da qual fazem parte.
“Não podemos conhecer e, por conseguinte, saber qual é a essência de um ser; somente podemos conhecê-la através das manifestações perceptíveis.” – Jesús María Cortina Izeta
Por que sua empresa deve criar uma Cultura de Marca fortalecida?
A construção de uma marca forte é um processo que parte de dentro para fora da organização. Para que esta construção seja exitosa, é preciso que a empresa inspire seus colaboradores a se conectarem com o propósito e a viver, de fato, os valores.
Embora desafiador, é na valorização da diversidade, no respeito e no acolhimento que as organizações despertam o interesse e o senso de pertencimento para estabelecer e fortalecer a cultura da marca.
Confira seis razões pelas quais seu negócio deve investir na criação de uma cultura de marca:
1. Porque aumenta o brand awareness (consciência de marca)
A consciência de marca é uma métrica no branding que analisa o quanto uma empresa é reconhecida pelos seus clientes. Quanto mais lembrada, maiores são as chances dos consumidores optarem por seu produto no momento da compra.
A força potencializadora para aumentar ou melhorar a consciência de marca são as pessoas. As marcas bem-sucedidas têm equipes apaixonadas pelo seu trabalho e altamente envolvidas com o negócio.
Em outras palavras: essas pessoas se tornam embaixadoras da marca quando estão fora da empresa. Elas a defendem, vendem ideias espontaneamente e têm orgulho de pertencimento.
2. Porque atrai e mantém pessoas potencializadoras
Empresas que definem e compartilham com suas equipes, sua visão, sua essência e articulam os valores para serem vivenciados internamente têm mais sucesso no recrutamento de pessoas comprometidas.
Em contrapartida, empresas com seus referenciais estratégicos definidos e não cuidam do maior capital que uma empresa pode ter, o humano, acontece o contrário. Isso ocorre porque as pessoas buscam estabilidade e isso não é novidade.
Trabalhar em uma empresa onde não se vislumbram oportunidades e não há reconhecimento, dificilmente as pessoas vão se conectar com os valores da empresa.
3. Porque melhora os relacionamentos interpessoais
A Cultura de Marca também contribui com a melhoria dos relacionamentos e do clima interno. Quando o trabalho é executado de forma colaborativa, entre equipes multifuncionais do mesmo nível hierárquico, tende a gerar maiores e melhores resultados.
Isso acontece porque as pessoas trabalham, dão ideias e se dispõem a contribuir com o preceito de que fazem parte, de que pertencem a algo maior.
Valorizar quem pensa diferente, ouvir as divergências e dar voz às soluções que surgem entre as equipes é fundamental para que os relacionamentos sejam realmente promissores.
4. Porque fomenta a criação de vantagens competitivas
A harmonia entre as pessoas e os objetivos comerciais das empresas é visível quando a cultura da marca é forte e se conecta com todos que atuam no negócio.
As pessoas valorizadas desempenham suas funções e estimulam o aumento da responsabilidade. Em outras palavras: criam senso de pertencimento, gerando grandes vantagens competitivas em relação à concorrência.
5. Porque aumenta a produtividade
Estudos já determinaram que quando as equipes estão engajadas, felizes e conectadas com o propósito das empresas, elas se tornam mais produtivas. É uma relação de reciprocidade: se a empresa proporciona um ambiente funcional, agradável, diverso e aberto à participação coletiva, as suas metas acabam se tornando também parte das pessoas.
De forma resumida, a produtividade surge espontaneamente como uma retribuição de quem recebe credibilidade e reconhecimento.
6. Porque atrai clientes mais engajados
Os melhores clientes são aqueles que se tornam fiéis e criam conexões emocionais com as marcas cujos valores são compartilhados e percebidos.
Quando os colaboradores estão sintonizados com os valores da empresa, se tornam interlocutores da cultura da marca e dos valores aos clientes.
Em outras palavras, são os agentes potencializadores do sucesso e responsáveis pelas boas conexões da marca com o cliente.
Conclusão
Branding não é somente identidade ou posicionamento. É cultura e ação. É DNA e percepção. Neste sentido, a Cultura de marca é parte de todo um processo estratégico para a construção de marcas fortes.
Afinal, a publicidade, o marketing digital, o branded content surtirão somente resultados se todo o branding estiver alinhado com a visão, o propósito, a promessa básica e a proposta única de valor.
Continue acompanhando o Blog HetoBrand, pois todos esses assuntos serão temas aprofundados de pesquisa e transformados em artigos para potencializar os empreendedores apaixonados por suas marcas.
___
Referências:
Wheeler, Alina. “Design e Identidade da Marca: Guia Essencial para Toda a Equipe de Gestão de Marcas”, 5ª ed., Bookman, 2019.
Fascioni, Lígia. “DNA Empresarial: Identidade Corporativa como Referência Estratégica”, Integrare Editora, 2010.
Continue acompanhando o Blog HetoBrand que todos estes assuntos serão temas aprofundados de pesquisa e transformados em artigos para potencializar os empreendedores apaixonados por suas marcas.